O maior fracasso humano
Entre todos os fracassos que pode ocorrer na vida humana nenhum é mais devastador do que fracassar como pai. Muitos homens de negócios temem fracassar: empresários, técnicos de futebol e casais. Mas nenhum desses fracassos pode ser comparado com o fracasso que alguém pode ter como pai.
Entre as pessoas citadas: empresários, técnicos e casais todos têm sua maneira de defender-se, mas no que diz respeito aos filhos, que são colocados em nossas mãos, eles estão simplesmente indefesos. A responsabilidade de ser pai é grande porque as pessoas que Deus colocou em nossas mãos terão o destino que nossa condução apontar. Isso é extremamente relevante. Não é porque essa tarefa é grande que um pai pode desculpar-se diante de Deus apresentando motivos porque perderam parte de seus filhos. Daí, ninguém pode chegar diante do Senhor dizendo: “Tu me confiastes cinco filhos e eu perdi três.”
Outro ponto importante: a igreja não pode avançar se os pais não estão conscientes de que os filhos que têm foram por Deus confiados a eles. São os pais, pelo tipo de criação que estão dando aos filhos, que determinarão a igreja que terão no futuro. O Senhor nos delegou o ministério de pregar o evangelho e não é razoável pregarmos o evangelho, permitirmos que novas pessoas entrem pelo local de reuniões e nossos filhos saírem pela as portas dos fundos.
Ao longo da história da igreja, temos visto muitos pais fracassarem. É lamentável que isso não esteja sendo levando a sério por muitos pais. As crianças são pessoas ternas, genuínas e indefesas, portanto não podem fazer muitas coisas por si mesmas. Os pais podem perder os filhos pela maneira frouxa e descompromissada como vivem a vida cristã. Se você é solto em sua vida pessoal, também os seus filhos o serão. Se os pais pretendem guardar e ganhar seus filhos, precisam compreender que viver de forma restrita e santificada não é uma das muitas opções que tem, mas a única opção. Exercer domínio próprio, santificar-se e sacrificar sua liberdade pessoal é uma exigência básica para alguém que deseja ser um bom pai e que pretende ganhar seus filhos para o Senhor. Se você não exerce o domínio próprio nem renuncia sua liberdade, se verá em apertos quando tiver que acertas as contas com o Senhor no futuro.
Talvez algum pai possa estar pensando: “neste caso eu vou me policiar mais para manter-me equilibrado e comportado quando estiver diante deles” Precisamos dizer que não demorará muito para que seus filhos reconheçam que você não é a pessoa que aparenta ser.
Se quisermos ser bons pais devemos ter um viver mais restrito e andar com Deus diariamente.
O livro de Gênesis registra a história de Enoque da seguinte maneira: “Enoque viveu sessenta e cinco anos e gerou Metusalém. Andou Enoque com Deus; e, depois que gerou a Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas” ( 5:23, 24). Não sabemos a condição em que se encontrava Enoque antes de atingir sessenta e cinco anos de idade, mas depois que gerou a Metusalém, sabemos que ele caminhou com Deus por trezentos anos. Depois disso ele foi arrebatado. Logo que sentiu sobre os homens o peso de ser pai, de conduzir sua família, ele se viu débil e incapaz. Não é algo pequeno a tarefa de ser pai, mas não é por isso que devemos desanimar ou desistir. Em vez disso podemos tomar o caminho de Enoque: andar com Deus. Quanto alívio ele não devia sentir todas as vezes que estava andando lado a lado com Deus. Deus não somente o ouvia, mas possivelmente o ajudava a carregar o fardo da responsabilidade de ser pai.
Enoque não só caminhou com Deus na presença de seus filhos, ele caminhou com Deus inclusive quando estava só. Ele sentia que se não caminhasse com Deus, ele não saberia como criar seus filhos. Enoque não só gerou Metusalém, senão muitos outros filhos. Por causa dessa nova realidade ele começou a andar com Deus. Sua responsabilidade como pai não o impediu de andar com Deus, pelo contrário, o forçava a andar com mais diligência ainda. Finalmente, ele foi arrebatado.
A primeira pessoa a ser arrebatado na Bíblia foi um pai.